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segunda-feira, 10 de julho de 2017

ERA UMA VEZ UM GOLPE QUE NÃO DEU CERTO

O impeachment de Dilma Rousseff deu-se, não em função das chamadas pedaladas fiscais, ainda que boa parte da população brasileira tenha sido levada a acreditar que um crime perverso contra as finanças públicas tenha sido praticado por ela, mas, pela trama engendrada por um grupo que ficou conhecido em Brasília como “Os Cinco Porquinhos”, formado pelo então vice-presidente Michel Temer, pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e por três outros ligados a Temer, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Moreira Franco, todos eles do PMDB.

O grupo, conforme foi tornado público pela divulgação da gravação de uma conversa havida entre o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o senador pelo PMDB, Romero Jucá, decidiu montar um escabroso esquema com o objetivo de frear a Operação Lava Jato, mas, para tanto, seria necessária a derrubada de Dilma da presidência da república.

Freada a operação policial que tem tirado o sono de tantos políticos e empresários desonestos, acostumados a solapar o patrimônio público em proveito próprio, os “Cinco Porquinhos” acreditavam que tanto os membros do grupo, como os seus aliados de primeira hora, se livrariam das garras da Procuradoria-Geral da República, deixando para integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Lula ao tesoureiro do partido, Vaccari Neto, a força da espada da justiça.

Michel Temer trabalhou intensamente, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, para conseguir os votos necessários à decretação do impeachment da então presidente, oferecendo aos parlamentares a garantia de que, com ele à frente da presidência, tudo se tornaria mais tranquilo para os envolvidos nos escandalosos esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato e que a crise que o país atravessava naquela momento seria estancada em pouco tempo.

O impeachment foi levado a bom termo mas, o resto do plano foi um fracasso total.

Deu tudo errado porque “Os Cinco Porquinhos” não tiveram poder suficiente para barrar as investigações e ainda sofreram na própria carne os resultados da operação.

Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima estão presos, e as prisões de Eliseu Padilha e Moreira Franco é questão de tempo, segundo analistas políticos acostumados com os bastidores da política em Brasília.

Quanto a Michel Temer, o seu futuro está nas mãos dos deputados federais que podem conceder autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF), para abrir processo contra ele, decretando, dessa forma, o esfacelamento total do “Os Cinco Porquinhos” que assumiu o comando máximo do país na certeza que seus crimes, e dos seus aliados, seriam jogados para debaixo do tapete.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

A DENÚNCIA CONTRA TEMER

O clima político da Câmara dos Deputados entrou em ebulição, logo depois que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, enviou para aquela Casa a denúncia formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer que o acusa de ter praticado corrupção passiva.

Partidos da situação e da oposição apressaram-se em analisar qual seria o comportamento de cada um dos seus membros que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A ordem geral é retirar da CCJ aqueles membros considerados pouco confiáveis e indicar para seus lugares outros que votarão conforme orientação do partido.

O PSB, por exemplo, já trabalha para substituir dois dos seus membros na CCJ, enquanto o PSDB, que faz parte da base aliada, mas, costuma ficar em cima do muro em casos complicados como este, decidiu liberar a sua bancada, ou seja, cada um dos seus membros votará segundo a sua própria consciência.

A denúncia contra Michel Temer, aliás, já foi lida para um plenário quase vazio da Câmara dos Deputados, na tarde desta quinta-feira, 29,  pela 2ª secretária, deputada Mariana Carvalho, e o acusado – Temer jamais imaginou ser chamado de acusado em tão pouco tempo –, após devidamente citado, terá até 10 sessões legislativas para apresentar a sua defesa.

Concluída todas essas formalidades, as atenções dos brasileiros estarão voltadas para a CCJ da Câmara dos Deputados, palco inicial da discussão em relação à autorização para o STF processar Temer, que deverá elaborar o seu relatório e encaminhá-lo para o presidente da Mesa Diretora, Rodrigo Maia, aliado de primeira hora de Temer, a quem cabe colocar a matéria na pauta.

Se o plenário da Casa autorizar a abertura do processo, Temer será afastado por até 180 dias, enquanto o Supremo Tribunal Federal julga a denúncia da Procuradoria-Geral, sendo substituído nesse tempo - que suprema ironia - pelo presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia.