O escândalo
vergonhoso que resultou na prisão de 8 vereadores de Itarema, na região norte
do Estado do Ceará, e outros tantos funcionários da Câmara Municipal está longe
de ser um caso isolado e os mesmos motivos que deflagraram a Operação Fantasma
podem estar ocorrendo em vários outros municípios brasileiros, num descarado
assalto aos cofres públicos.
A contratação
de funcionários fantasmas e a famosa “rachadinha”, quando servidores lotados em
gabinetes de parlamentares são obrigados a devolverem parte dos seus salários
para o mandatário, são práticas correntes na carcomida política brasileira,
alcançando as três esferas do Poder Legislativo.
O mais grave e
deprimente de toda essa roubalheira é que os funcionários participantes da
negociata sequer são obrigados a dar expediente, o que os tornam membros de verdadeiras
organizações criminosas que saqueiam sem qualquer pudor os recursos públicos.
Quanto aos
parlamentares, que desonram os mandatos a eles conferidos pelos eleitores, não
se pode atribuir outros atributos senão a de chefes de quadrilha e cabe aos
eleitores desprezá-los por completo, não os reconduzindo a um novo mandato.