Ainda
que Michel Temer conte, na Câmara dos Deputados, com o apoio incondicional do
presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), para barrar qualquer pedido
de impeachment contra ele, a sua permanência à frente da presidência da
república está nas mãos dos imprevisíveis e desnorteados tucanos que lutam para
salvar o mandato do senador mineiro Aécio Neves.
Rodrigo
Maia, que é eternamente grato a Temer pelo cargo que ocupa, pode arquivar todos
os pedidos de processo de impeachment recebidos pela Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados, mas, a decisão de, por exemplo, permitir que o “presidente” seja
processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) cabe ao plenário e precisa contar
com o apoio de dois terços dos deputados federais.
É
nesse momento que entra em cena a cavalaria do PSDB.
Se
o partido decidir votar a favor da autorização para processar Temer, muito
provavelmente a oposição, com o providencial apoio dos tucanos, conseguirá
obter os votos necessários para aprovar o pedido do STF, que deverá entrar com
a representação tão logo receba a denúncia da Procuradoria-Geral da República
(PGR).
Por enquanto, o PSDB, como é da sua característica, permanece em cima do muro,
aguardando o desenrolar da crise instalada no governo federal, para decidir se
abandona o barco ou permanece nele, mesmo fazendo água por todos os lados.
Temer,
porém, vai exigir reciprocidade por parte do PSDB, uma vez que o seu partido, o
PMDB, através do presidente da Comissão de Ética do Senado Federal, operou em
favor do senador tucano Aécio Neves, determinando o arquivamento do pedido de
cassação do seu mandato, protocolado pelos partidos Rede e PSol.
Ou seja, o PSDB será chamado a seguir o que dita a lei do "Toma lá dá cá".
Ou seja, o PSDB será chamado a seguir o que dita a lei do "Toma lá dá cá".