François
Hollande fez uma administração tão desastrosa na França que, acossado pelos
baixíssimos índices de popularidade e de avaliação do seu governo, não teve
coragem de disputar as últimas eleições, tornando-se o primeiro presidente
francês, depois da segunda grande guerra, a abrir mão de tentar a reeleição.
Já
o seu partido, que era majoritário na Assembleia Nacional, despencou nas
últimas eleições legislativas e conquistou menos de 30 assentos no parlamento
francês.
Hollande
passou os cinco anos do seu mandato sob cerrada crítica dos seus opositores e
quase sempre era hostilizado durante as cerimônias públicas que participava,
quando grupos organizados gritavam “Hollande demission”, o correspondente
brasileiro ao “Fora Hollande”.
O
mais interessante dessa história toda, porém, é que a sua base de sustentação
política na Assembleia Nacional não se pulverizou, garantindo-lhe, portanto, condições
de governabilidade, ainda que corressem o risco de sofrerem um revés nas
eleições, como de fato aconteceu.
Mas,
esse é o preço que se paga pelo exercício pleno da democracia.
A
França nunca se quedou e jamais se quedará diante de aventureiros que aspiram
conquistar o poder por outros meios que não seja o voto do eleitor.