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quinta-feira, 29 de junho de 2017

GILMAR MENDES DETONA A PGR

Ao apresentar o seu extenso voto no Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento da validade das delações dos sócios da JBS, o ministro Gilmar Mendes apontou sua metralhadora giratória e agressiva contra a Procuradoria-Geral da República (PGR) a quem acusou, inclusive, de, em determinados casos, agir contrariamente ao que está expresso na lei.

Dos 10 votos conferidos até o momento, o ministro Gilmar foi único a votar contrariamente à competência do ministro Luiz Edson Fachin, para homologar acordo de delação premiada firmado entre o delator e a PGR.

Para ele, ao relator cabe fazer as avaliações, mas a sua homologação deve ser da competência do colegiado, a quem, afirmou, enviará todas as homologações que recaiam sobre a sua responsabilidade.


Ao condenar a forma apressada como as delações são negociadas, Gilmar Mendes voltou a alfinetar, diretamente, o juiz Sérgio Moro ao declarar que “a submissão a juízes singulares reduz a o espaço para a contestação dos acordos” e, voltando a atacar a PGR, disse que “o Ministério Público vira o senhor e possuidor das delações premiadas”.

A sessão foi encerrada às 19 horas, faltando, apenas, o voto da presidente da Corte, ministra Carmen Lúcia, mas, como o placar está 9 a 1 a favor de o relator ter competência para a homologação das delações, o voto faltante não incluirá no resultado final.