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segunda-feira, 24 de julho de 2017

OS DILEMAS DO PSDB

O fator determinante quanto à permanência de Michel Temer à frente do Palácio do Planalto está focado nas eleições presidenciais de 2018 e não se deve ser aberto processo contra ele, por corrupção passiva, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O PSDB sonha em voltar a ter o controle da política nacional e, para tanto, eleger o próximo presidente da república, seja ele qual for o seu candidato, – se Geraldo Alckmin, João Dória, ou mesmo o enfraquecido Aécio Neves – é uma das suas estratégias.

A outra é ter o velho companheiro, o Partido Democratas (DEM), do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ao seu lado, cabendo a este indicar o candidato à vice-presidente.

É em razão dessas duas estratégias que os tucanos relutam entre derrubar Temer agora, votando a favor da autorização da abertura do processo, ou deixá-lo arquejando até outubro do próximo ano; tudo vai depender se Rodrigo Maia, caso venha assumir a presidência da república pela via indireta, possa disputar uma reeleição.

Tudo vai depender da vontade política do presidente da Câmara dos Deputados.

Se ele concordar em abrir mão da disputa à reeleição, o PSDB irá trabalhar pela saída imediata de Michel Temer, do contrário, o partido fará a opção por tentar garantir a sua permanência à frente do governo, para não ter que enfrentar o deputado Rodrigo Maia com a faixa presidencial no peito.

O DEM é um partido pequeno, tanto que Rodrigo Maia envolveu-se na recente queda de braço com Michel Temer, para conquistar parlamentares que estão desembarcando do PSB, e não conta com nomes importantes nos seus quadros que possam pleitear uma vaga na disputa presidencial, a exceção, evidentemente do próprio Maia, ao contrário do PSDB que conta com uma bancada robusta, tanto no Senado Federal como na Câmara dos Deputados, e tem nomes de peso, entre eles, José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves que já disputaram a presidência da república.

Rodrigo Maia conhece muito bem as estratégias dos tucanos para tentar voltar a ocupar o Palácio do Planalto e, também, tem as suas estratégias definidas, não só para ocupar de imediato a cadeira presidencial, como vencer as eleições de 2018 que garantiriam a ele mais quatro anos de governo.


Uma dessas estratégias é descolar o seu partido (DEM) do PSDB que, certamente, ficará rachado, depois que for escolhido o candidato a presidente da república, e não será difícil Maia atrair para perto de si os futuros tucanos descontentes.