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quinta-feira, 13 de julho de 2017

O INFERNO DO SENADOR AÉCIO NEVES

Inconformado com os resultados das eleições presidenciais de 2014, que resultou na derrota do seu candidato, senador Aécio Neves, o PSDB resolveu montar uma bem elaborada estratégia para, mesmo sendo derrotado nas urnas, ainda que uma diferença muito pequena, buscar alcançar o poder que o povo não lhe conferiu no voto.

Depois de conquistar o apoio de setores conservadores da imprensa e do empresariado nacional, o líder maior do partido, senador Aécio Neves resolveu bater à porta do Palácio do Jaburu com o objetivo de convencer o seu morador, o então vice-presidente Michel Temer, a fazer parte do esquema.

Temer aceitou participar da trama na certeza que herdaria a cadeira presidencial que Aécio ambicionava, enquanto este contava com o julgamento favorável da ação impetrada por seu partido, que pedia a cassação da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico.

O PSDB, portanto, acreditava que, ao final, destronaria, primeiro Dilma, como de fato aconteceu, e depois Temer, conquistando no tapetão o cargo que lhe fora negado pelos eleitores brasileiros.

O que aconteceu, na verdade, foi que Michel Temer agarrou-se à cadeira presidencial com tal ímpeto que de lá só sairá se o Supremo Tribunal Federal (STF) vier a condená-lo pela prática de alguns dos crimes comuns que lhe são imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Quanto a Aécio Neves, as delações de Joelson Batista colocaram-no a um passo de ser preso e, além de perder, ainda que provisoriamente, o comando do seu partido para o senador cearense Tasso Jereissati, tem, agora, que conviver com a sombra do prefeito de São Paulo, João Dória, que trabalha para ser o candidato tucano nas próximas eleições presidenciais.

O prestígio do senador mineiro Aécio Neves dentro do seu partido está quase reduzido a pó e suas posições, como, por exemplo, a de permanecer sob o guarda-chuva do governo federal, praticamente, não encontra eco na cúpula partidária.

Quanto às eleições do próximo ano, se até lá não tiver sido condenado pelo supremo Tribunal Federal (STF) que implicará na cassação do seu mandato de parlamentar, restará ao antes todo poderoso chefe tucano, tentar manter a sua cadeira de senador pelo Estado de Minas Gerais.