No
século XVIII, o rei era detentor do poder absoluto, portanto, somente ele podia
legislar, governar, exercer a justiça e comandar os exércitos.
Esse
sistema político forte, pessoal e sem leis que regulassem o poder supremo real ficou
conhecido como absolutismo.
O
rei francês Luís XIV era dono de tanto poder no período absolutista que chegou
a declarar a célebre frase L’etat est moi (O Estado sou seu).
Em
volta do rei absolutista viviam numerosos nobres, que formavam a corte real, sempre
prontos a adular o rei em troca de privilégios e pata ter o direito de desfrutar
uma vida de prazeres e luxo.
O
rei absolutista controlava a nobreza tirando-lhes a força política e militar e
evitando contestações e rivalidades que ameaçassem o poder real.
Para
ter a nobreza sob o seu controle total, o rei a distraia organizando jogos,
caçadas, banquetes, bailes e espetáculos teatrais.
Uma
dama da nobreza francesa desse período, em carta a uma amiga, descreveu como
era o seu dia na corte: “Caçamos toda a manhã, voltamos por volta de 3 horas
da tarde, trocamo-nos, subimos para jogar até as sete. Depois fomos à peça, que
nunca acaba antes das dez e meia, então à janta e depois para o baile até às
três da manhã".
O
absolutismo chegou ao Brasil com as caravelas que trouxeram a corte portuguesa
que fugia das tropas de Napoleão Bonaparte e deixou marcas tão profundas que,
nos tempos atuais, ainda é possível encontrar gestores públicos que agem ou se
portam como se vivessem no século XVIII.
Ao
que parece, esses gestores públicos sequer conhecem o que reza a Constituição
Federal vigente no parágrafo único do seu artigo 1º que confere o poder, não a
eles, mas ao povo.